quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ervas, Flores e os Deuses - Pedro Guardião


ACÁCIA:
 Buda, Neith e Osíris.

ACÔNITO: Hécate e Medeia.
PITEIRA: Mayauel.
ERVA-FÉRREA: Hércules.
ANÉMONA: Adonis e Afrodite.
ANGÉLICA: Atlantis e Michael.
ANIS: Apolo e Mercúrio.
ÁSTER: Todos os deuses e deusas pagãos.
AZALÉIA: Hécate.
CEVADA: Odin.
MANJERICÃO: Erzulie, Krishna, Lakshmi e Vishnu.
BELADONA: Atropos, Bellona, Circe e Hécate.
BENJOIM: Afrodite e Mut.
ABRUNHEIRO: A Deusa Tripla no Seu aspecto escuro e protetor.
GIESTA: Blodeuwedd.
CANDELÁRIA: Afrodite e Hermes.
AMENTILHO: Bast e Sekhmet.
CENTÁUREA-MENOR: O centauro Quíron.
CAMOMILA: Kamayna.
TUSSILAGEM: Epona.
CENTÁUREA AZUL: Flora, e associada aos mitos de Cyanus e Quíron.
PRÍMULA: Freya.
CROCOS: Afrodite.
NARCISO: Prosérpina.
MARGARIDA: Ártemis, Belides, Freya, Thor, Vênus, Zeus e associada a Maria Madalena, São João e Santa Margarida da Etióquia.
DENTE-DE-LEÃO: Erigida.
DICTAMO: Diana, Osíris e Perséfone.
CORNISO: Consus.
ÊNULA: Helena.
EUFRÁSIA: Eufrosina.
FUNCHO: Adonis.
FENO GREGO: Apolo.
FETOS: Kupala.
LINHO: Hulda.
ALHO: Hécate e Hades.
ESPINHEIRO: Hymen.
URZE: Ísis e Vênus Ericina.
HELIOTROPO: Apolo, Hélio, Rá e todos os Deuses Solares.
AZEVINHO: Mãe Holie e o Deus Chifrudo nos seus aspectos minguantes do ano.
MARROIO BRANCO: Hórus.
SEMPRE-VIVA DOS TELHADOS: Júpiter e Thor.
JACINTO: Apolo, Ártemis e Jacinto.
ÍRIS: Hera, Hórus, Íris e Ísis. 

HERA: Attis, Baco, Dionísio, Dusares e Osíris.
JASMIM: Diana, Vênus.
ESTRAMÔNIO: Apolo, Chingichnich e Kwawar.
ALQUEMILA (espécie de orquídea): Várias Deusas da Terra e associada a Virgem Maria dos mitos cristãos.
LAVANDA: Hécate, Saturno e Vesta.
ALFACE: Adonis.
LÍRIO: Astarte, Hera, Juno, Lilith e Ostara.
LISIMÁQUIA: Kupala.
LÓTUS: Brahma, Buda, Cunti, Hermes, Hórus, Ísis, Juno, Kuan-Yin, Lakshmi, Osíris, Padma, Tara e associado ao mito de Lote e Priapo.
FETO DA AVENCA CABELO-DE-VÊNUS: Dis, Kupala e Vênus.
MANDRÁGORA: Afrodite, Diana, Hécate, Saturno e associada a Circe e à lendária feiticeira teutônica Virgem Airauna.
MALMEQUER: Xochiquitzal.
MANJERONA: Afrodite.
MENTA: Dis, Hécate, Mintha e associada à lenda clássica da ninfa Menthe.
VISCO: Júpiter, Odin, Zeus e associado aos mitos de Balder e Eneas.
ACÔNITO: Hécate e associado a Cérbero.
LUNÁRIA: Aah, Ártemis, Diana, Hina, Selene, Sin, Thoth e todas as deidades lunares.
MUSGO: Tapio.
AGRIPALMA: Gaia, Pachamama e várias figuras de Deusas Mãe.
ARTEMÍSIA: Ártemis, Diana e associada à lenda medieval de João Batista.
AMOREIRA: Minerva e associada à lenda clássica dos amantes babilónios, Piramus e Thisbe.
VERBASCO: Circe e Ulisses.
NARCISO: Dis, Hades, Narciso, Perséfone e Vênus.
ORQUÍDEA: Baco e Orchis.
RAIZ DE ÍRIS: Afrodite, Hera, Ísis e Osíris.
VIMEIRO: Hécate.
SALSA: Perséfone, Afrodite e associada à morte e ao diabo dos mitos cristãos.
PEÔNIA: Associada à lenda de Peônio.
POEJO: Deméter.
HORTELÃ-PIMENTA: Zeus.
PERVINCA: Afrodite.
PAPOULA: Ceres, Diana e Perséfone.
PRÍMULA: Freya e Paralisos.
BELDROEGA: Hermes.
FRAMBOESA: Vênus.
BAMBUS: Inanna e Pã.
ROSA: Afrodite, Aurora, Chioris, Cupido, Deméter, Érato, Eros, Flora, Freya, Hathor, Holda, Ísis e associada à Virgem Maria dos mitos cristãos.
ARRUDA: Hécate, Hades e Ares.
JUNCOS: Acis
CENTEIO: Ceres.
SÁLVIA: Consus e Zeus. 

SÂNDALO: Kali, Vênus.
PIMPINELA BRANCA: Kupala. 

TREVO: Trefuilngid Tre-Eochair.
SELO-DE-SALOMÃO: Vor e associado ao lendário rei Salomão, de Israel.
MORANGO: Freya, Afrodite e Hathor.
CANA-DE-AÇÚCAR: Cupido, Eros e Kama.
GIRASSOL: Apolo, Rá e Deméter.
ATANÁSIA: Associada à Virgem Maria e à lenda clássica de Ganimede.
ESTRAGÃO: Lilith.
TRIFÓLIO: Olwen.
VERBENA: Ísis, Diana, Hermes, Cerridwen, Deméter, Júpiter, Perséfone e Thor.
VIOLETA: Afrodite, Attis, Zeus e associada à Virgem Maria.
NENÚFAR: Surya e todas as ninfas aquáticas.
AZEDINHA: Todas as Deusas Triplas e associada a São Patrício.
ABSINTO: Ártemis, Diana, a Grande Mãe e todas as ninfas pagãs da Rússia.
MILEFÓLIO: O Deus Chifrudo dos Bruxos e associado ao herói grego Aquiles.

terça-feira, 29 de julho de 2014

A Deusa Brighid - Pedro Guardião

Gostaria de esclarecer inicialmente que na mitologia celta, não existem deuses lunares ou solares, o que existe é deidades protetoras de certas artes. Os deuses celtas são uma raça divina, uma série de indivíduos divinos e portadores de variadas capacidades e conhecimentos, mas que se comportam como os mortais e vivem junto com eles. Podemos encontrar grandes arquétipos à nos encorajar e alguns destes personagens são míticos, reis, druidas e heróis. Brighid, que significa "luminosa" é uma Deusa tríplice do fogo da inspiração, da ferraria, da poesia, da cura e da adivinhação. Isto é, as funções que lhe atribuem são triplas, correspondentes às três classes da sociedade indo-europeia:

- Deusa da inspiração e da poesia - Classe Sacerdotal.
- Protetora dos reis e dos guerreiros - Classe Guerreira
- Deusa das técnicas - Classe de artesãos, pastores e agricultores.

A lenda diz que ela nasceu com uma chama que saía do alto de sua cabeça, ligando-a com o universo.
Pesquisando fontes mitológicas remotas, encontramos Brighid como sendo filha de Dagda, o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann. Há lendas que alegam ser ela a esposa de Tuireann, com quem teve três filhos (Brian, Iuchar e Iucharba), que posteriormente matam Cían, o pai de Lugh. Já outra lenda, nos diz que Brighid tinha como marido Bres, o malfadado líder dos Tuatha De Danann. Dessa união nasce Rúadan, o qual morre em combate na Segunda Batalha de Moytura. Ao encontrá-lo sem vida, lamenta sua morte em uma tradição que viria a ser conhecida como "keening) (irlandês-caoineach), e que ainda hoje é preservada nas áreas rurais da Irlanda. os "keenings' eram lamentos emitidos por mulheres face ao falecimento de um membro da família ou da comunidade. Se constituíam em choros pungentes, quase bestiais, descritos por observadores como o som de "um grande número de demônios infernais". 

A Nova Cristã e Antiga Pagã, Brighid, fundiram-se na figura de Santa Brígida no ano de 450. Em algumas histórias, foi o próprio São Patrício que a batizou e ela foi elevada à condição da figura galesa de Maria, sendo muitas vezes considerada como a parteira de Maria ou até como a ama do Menino Jesus. Aqui reconhecemos a deusa como protetora do parto. E, Brighid como santa, possui até biografia, que é de autoria de Cogitosus. Segundo ele, ela teria nascido em 452, no vilarejo de Faughart (próximo a Dundalk, Co. Lough), ao romper da aurora, hora de máxima importância para a filosofia celta. Era filha do nobre Dubhtach, chfe da Província de Leinster, e Broicsech, uma escrava. Em uma das versões da lenda, conta-se que, ao nascer, a casa em que estava ficou totalmente envolta por um fogo mágico, que assustou à todos que presenciaram à cena. Entretanto, ninguém queimou-se. Vários textos afirmam que tal fogo surgiu do centro da cabeça da criança, talvez para identificá-la como uma santa portadora de um poder criador.

Brigida foi educada por um druida e desde muito cedo manifestou o dom da profecia. Mas certo dia ela adoece gravemente e, o druida consegue salvá-la alimentando-a com o leite de uma vaca branca de orelhas vermelhas.
Os cristãos, gerando uma estranha contradição, afirmam que apesar de muito bela, Brigida permanece virgem. Contam, que para não casar, ela vasou seu próprio olho, tornando-se desinteressante para seus pretendentes.
Cogitosus nos esclarece, que no ano de 490, ela funda um convento na localidade de Kildare, local de perigrinação dos seguidores da religião celta pré-cristã.
Neste convento havia uma chama sagrada que devia sempre arder. Dezenove sacerdotisas-freiras guardavam a sua pira sagrada, alimentando o fogo. Conta-se que, no vigésimo dia de cada mês, ela aparece e vigia o fogo pessoalmente. Aos homens não eram permitida a entrada. Segundo as lendas, aqueles que tentassem se aproximar da fogueira eram acometidos de estranhos surtos de loucura e podiam até perder a vida.
Além de estar diretamente ligada ao elemento fogo, associa-se também a água e à cura. Muitas fontes da Irlanda são a ela dedicadas. A absorção deste elemento pela fé cristã, só comprova a sobrevivência de Brighid, na forma de deusa e não tão somente como santa.
Suas vacas produziam um lago de leite e proporcionavam alimentos inesgotáveis. Mas ela punia com muito rigor quem as roubasse, geralmente através de afogamento ou escaldamento. Através da magia, Brigida multiplicava anualmente a sua produção de manteiga. Ela também estava ligada à produção e consumo da cerveja. Reza a lenda que, com uma só medida de malte, Brígida era capaz de produzir cerveja a todos os que a pedissem. Um milagre associado à Cristo, aqui vemos adaptado à realidade celta. A "Vita Brigitae" afirma que a Santa Brigida morreu em 1 de fevereiro de 525, dia de celebração da Deusa Brighid.

DIA DE BRIGHID - "IMBOLC"

BRIGID também foi vista como uma deusa ligada ao ciclo anual. Ela presidia o começo da primavera, que, no ciclo dos antigos festivais do fogo, começava na véspera de primeiro de fevereiro, Imbolc, ou o Dia de Brigid.
A palavra Imbolc significa literalmente "dentro do ventre" (da Mãe). A semente que foi plantada no Solstício de Inverno está se desenvolvendo. Esta festa é chamada de "Dia de Brigid" em honra a Deusa irlandesa Brigid.
Suas festas eram repletas de fogos sagrados, simbolizando o fogo do nascimento e da cura, o fogo da força e o fogo da inspiração poética. Brigid é a noiva sagrada, e seu templo é o santuário do fogo divino, o qual representa o fogo do sol. Seguindo a tradição celta, deixe o fogo de sua lareira queimar completamente na véspera do dia de Brigid. Na manhã seguinte, prepare uma fogueira com cuidado especial. Pegue nove (ou sete) pequenos galhos, tradicionalmente de tipos diferentes de árvores e os acenda. Então, prepare a fogueira com os galhos acesos, enquanto decama três vezes:

Brigid, Brigid, Brigid, a chama mais brilhante! 
Brigid, Brigid, Brigid, nome sagrado!

Um outro costume do dia de Brigid é plantar uma árvore frutífera. A Igreja incorporou este o dia de Brigid como sendo a Festa da Purificação da Virgem Maria. No paganismo esta é a época em que a Grande Mãe volta a ser novamente a Jovem Deusa Solteira. Uma lenda escocesa, relaciona Brighid com Caileach. Esta última, era também conhecida como a Carline ou Mag-Moullach e era o aspecto da velha deusa no ciclo anual. Estava ligada às trevas e ao frio do inverno e assumia a direção no ciclo das estações em Samhaim, a véspera do primeiro de novembro. Ela portava o bastão negro do inverno e castigava a terra com frias forças contrativas que ressecavam a vegetação. Com o fim do inverno, ela passava o bastão do poder para Brighid, em cujas mãos ele se tornava um bastão branco que estimulava a germinação das sementes plantadas na terra negra. As forças expansivas da natureza começavam então a se manifestar. Por vezes, essas duas deusas eram retratadas em batalha pelo controle das forças da natureza. Dizia-se até que Cailleach aprisionava Brighid sob as montanhas no inverno. Mas o melhor modo de reconhecê-las é vê-las e considerá-las como duas facetas de uma deusa tríplice das estações: a Velha Cailleach do Inverno, a Donzela Brighid da Primavera e a Mãe-deusa do viço do Verão e da frutificação do Outono.


No Festival de Imbolc é costume, no final da tarde de véspera, se colocar velas (laranja), em todas as janelas da casa e deixá-las acesas até o amanhecer. Também deve anteceder às festividades, um ritual de purificação e limpeza da casa. A celebração também envolvia a feitura de uma Boneca Noiva com as últimas gavelas de milho do ano anterior. Podemos conceber aqui a deusa Brigid com atributos da deusa do milho. Por meio do ciclo dos Festivais do Fogo (Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas), os antigos povos celtas celebravam as diferentes energias da roda do ano. Isso era vivido especialmente como o poder do fogo manifestando-se em diferentes níveis.

Brigid chega em nossas vidas portando a chama da inspiração. Você está sem energia? Falta-lhe motivação? Está tão perdido que não sabe que rumo tomar? Você sonha com algo, mas não se sente com coragem de realizá-lo? Esta é a hora e a vez de alimentar sua totalidade e interioridade com a centelha energética da Deusa Brigid. Ela nos diz que uma vida sem o calor de sua chama de inspiração é totalmente insípida. Abra seu coração e permita que a inspiração seja o alimento de sua alma, para que você possa se tornar mais segura(o) e energética.

Fonte: Rosane Volpatto

terça-feira, 15 de julho de 2014

Gatos: Animais Sagrados - Pedro Guardião

A primeira descoberta foi que os gatos dormem muito porque precisam repor as energias que perdem enquanto fazem a limpeza do ambiente. Isso não é uma novidade, porque já no antigo Egito eles eram e ainda são considerados animais sagrados, porque simbolizam exatamente isso: a limpeza, a higiene, tanto do ambiente como a deles mesmo.

Preste atenção onde seu bichano gosta de dormir, normalmente eles procuram locais onde existe alguma energia parada, essa energia não é necessariamente negativa, mas também não é boa tê-la sem utilidade. Assim, o gato é na verdade, uma espécie de filtro, enquanto dormem transformam a energia ou a colocam em movimento.
Gatos gostam de dormir em locais de vertente subterrânea de água, falhas geológicas, radiações telúricas. Comprovado pela Geobiologia e pela Radiestesia, estes locais afetam a saúde das pessoas, provocando doenças e depressão entre outras. Assim o gato pode ser uma forma de nos prevenir destes pontos. Repare se seu gato gosta de dormir na sua cama, por exemplo.
Outra lenda ligada aos gatos é o fato de possuírem sete vidas. Esta questão está associada ao seu campo vibratório perfeito, ou seja, o gato é o animal que mais neutraliza o negativo, se colocarmos numa escala, neutralizaria 100%, daí a questão das sete vidas.

O Gato também é o único animal que, como o ser humano, tem sete camadas da aura e mais do que isso, são duplas. Isso faz com que ele tenha oito sentidos, três a mais do que o normal, que são cinco. Isso é percebido pela sua independência e, podemos dizer sua terceira visão. Quem nunca prestou a atenção em um gato acompanhando o olhar para algo que não conseguimos ver? É comum os gatos perceberem outras presenças nos ambientes.

Além disso, é o único animal da Terra que emite um som vibratório, o “ronronar” quando está em harmonia. Neste momento ele está sintonizando seu campo com o da pessoa ou neutralizando seu próprio campo negativo, por isso é aconselhável pegar um gato no colo pelo menos uma vez ao dia.

Fonte: 
http://holisticocromocaio.blogspot.com.br/2013/12/dicas-terapeuticas-voce-sabia-que-os.html

terça-feira, 20 de maio de 2014

A Deusa Iemanjá - Pedro Guardião

Considerada a Rainha do Mar e a Mãe de quase todos os Orixás, Iemanjá é uma deusa abrasileirada, sendo resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos. É um mito de poder aglutinador, reforçado pelos cultos de que é objeto no candomblé, principalmente na Bahia. É também considerada a Rainha das Bruxas e de tudo que vem do mar, assim como é protetora dos pescadores e marinheiros. Governa os poderes de regeneração e pode ser comparada à deusa Ísis.
Os grandes seios ostentados por Iemanjá devem-se à sua origem pela linha africana, aliás, ela já chegou ao Brasil como resultado da fusão de Kianda angolense (Deusa do Mar) e Iemanjá (Deusa dos Rios). Os cabelos longos e lisos prendem-se à sua linhagem ameríndia e é em homenagem à Iara dos tupis.
De acordo com cada região que a cultua, recebe diversos nomes: Sereia do Mar, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Inaê, Mucunã, Janaína. Sua identificação na liturgia católica é: Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.
Do mesmo modo que varia seu nome, variam também suas formas de culto. A sua festa na Bahia, por exemplo, é realizada no dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. Mas já no Rio de Janeiro é dia 31 de dezembro que se realiza suas festividades. As oferendas também diferem, mais a maioria delas consiste em pequenos presentes, tais como: pentes, velas, sabonetes, espelhos, flores, etc. Na celebração do Solstício de Verão, seus filhos devotos vão às praias vestidos de branco e entregam ao mar barcos carregados de flores e presentes. Às vezes ela aceita as oferendas, mas algumas vezes manda-as de volta. Ela leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas, aflições e nos trás sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.
Grande foi o número de ondas que se quebrou na praia, mas maior ainda, foi o caminho percorrido pelo mito da divindade das águas. Das Sereias do Mediterrâneo, que tentaram seduzir Ulisses, às Mouras portuguesas, à Mãe D'água dos iorubanos, ao nosso primitivo Igpupiara, às Iaras, ao Boto, até Iemanjá. E, neste longo caminhar, a própria personalidade desta deusa, ligada anteriormente à morte, apresenta-se agora como protetora dos pescadores e garantidora de boa pesca, sempre evoluindo para transformar-se na deusa propiciadora de bom Ano Novo para os brasileiros e para todos que nesta terra de Sol e Mar habitam.

ARQUÉTIPO DA MATERNIDADE

Iemanjá é, por excelência, arquétipo da maternidade. Casada com Oxalá, gerou quase todos os outros orixás. É tão generosa quanto as águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta. Iemanjá é o útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá (Ymoja). Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é "toda ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu gratuito sentimento de amizade.
Deusa da fecundidade, da procriação, da fertilidade e do amor, Iemanjá é normalmente representada como uma mulher gorda, baixa, com proeminentes seios e grande ventre. Pode, também aparecer na forma de uma sereia. Mas, não importando suas características, ela sempre se apresentará vinculada ao simbolismo da maternidade.
Iemanjá surge nas espumas das ondas do mar para nos dizer que é tempo de "entrega". Você está carregando em seus ombros um fardo mais pesado do que possa carregar? Acha que deve realizar tudo sozinha(o) e não precisa de ninguém? Você é daquelas pessoas que "esmurra ponta de prego" e quer conseguir seu intento nem que tenha que usar à força? Pois saiba que a entrega não significa derrota. Pedir ajuda também não é humilhação, a vida tem mais significado quando compartilhamos nossos momentos com mais alguém. Geralmente esta entrega ocorre em nossas vidas forçosamente. Se dá naqueles momentos em que nos encontramos no "fundo do poço", sem mais alternativas de saída, então nos viramos e entregamos "à Deus" a solução. E, é exatamente nesta hora que encontramos respostas, que de maneira geral, eram mais simples do que imaginávamos. A totalidade é alimentada quando você compreende que o único modo de passar por algumas situações é entregar-se e abrir-se para algo maior.
Quando abrimos uma brecha em nosso coração e deixamos que a Deusa atue em nós, alcançamos o que almejamos. Entrega é confiança, mas tente pelo menos uma vez entregar-se, pois lhe asseguro que a confiança virá e será tão cega e profunda quando a sua desconfiança de agora. O seu desconhecimento destes valores, escondem a presença de quem pode lhe ajudar e provocam sentimentos de ausência e distância. Não somos deuses, mas não devemos nos permitir viver à sombra deles.

RITUAL DE ENTREGA (só para mulheres)

Você deve fazer este ritual numa praia, em água corrente e até visualizando um destes ambientes. Primeiro mentalmente viaje até seu útero, no momento do encontro se concentre. Respire profundamente e leve novamente sua consciência para o útero. Agora respire pela vulva. Quando se achar pronta, com o mar a sua frente, entre nele. Sinta a água acariciando seus pés, ouça o barulho das ondas no seu eterno vai-e-vem. Chame então a Iemanjá para que venha encontrá-la. Escolha um lugar onde você puder boiar tranquilamente e com segurança. Sinta as mãos da Iemanjá acercando-se de você. Abandone-se em seu abraço, ela é mãe muito amorosa e espetacular ouvinte. Renda-se aos seus carinhos e entregue-se sem medo de ser feliz. Você está precisando revigorar sua vida amorosa. Procura um emprego ou um novo amor? Faça seus pedidos e também lhe fale de todas suas angústias e aflições. Deixe que Iemanjá alivie os fardos que carrega. Ela carregará consigo para o fundo do mar todos os seus problemas e lhe trará sobre as ondas a certeza de dias melhores. Portanto, abandone-se à imensidão do mar e a do seu amor.
Quando estiver pronta para voltar, agradeça a Iemanjá por estes doces momentos passados com ela. Então estará livre para voltar à praia, sentindo-se mais leve, viva e purificada.

Fonte: Rosane Volpatto

domingo, 13 de abril de 2014

Como combater a negatividade - Pedro Guardião

Todos nós sabemos, as energias negativas são uma das preocupações do ser humano. Procurar fugir delas é complicado. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta, mas podemos nos defender começando a tomar uma série de atitudes e providências. Abaixo, seguem seis dicas pessoais para combatê-las: 

1. NÃO TEMER NINGUÉM 

Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais, temer significa falta de fé. O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá. 

2. NÃO SINTA CULPA 

Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA 

Nem sempre adaptar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Ao invés de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO 

A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a "Auto-Obsessão". A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma ideia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos. 'Auto-Obsessão' significa não se gostar, não se apoiar, se auto boicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsequiar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros. Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo a sua força pessoal e abrem as portas para toda as pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS 

As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros. Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar 'incompatibilidade' com as forças do mal e energias incompatíveis não se misturam. 

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS 

As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a 'mente' e o 'coração'. Além de manter o coração e mente sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos negativos, fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas. Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes, músicas e passatempos de baixo nível. Se é Reikiano use e abuse com (respeito) de todos os símbolos de proteção que tiver acesso, faça-os em sua casa, trabalho, carro em fim use e sinta, essa força em si.

Fonte: Cromo Caio por José Carlos Medeiros de Araujo

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Óleos Astrológicos - Pedro Guardião

Nenhuma cozinha de bruxa está completa se os óleos não estiverem presentes. Quer sejam para trabalhos de magia, de cura ou para culinária, o fato é que o preparo e o uso de óleos têm sido uma parte essencial da arte de bruxas e bruxos no transcorrer dos séculos.

Aprenda você também a preparar seus óleos mágicos, com os quais para ungir velas e instrumentos, usá-los em massagens e banhos, na culinária, em rituais e sortilégios. Se fazem óleos de muitas plantas diferentes. O óleo absorve as qualidades mágicas das plantas. Desta maneira o óleo é usado para promover tais qualidades. Pode-se ainda, preparar perfumes com distintos usos, seguindo as qualidades aromáticas e mágicas de uma planta. Os óleos são muito caros, mas você pode fazer os seus.


ÓLEOS E OS SIGNOS:

Você encontrará na seqüência seguinte os doze signos do zodíaco acompanhados pelos correspondentes óleos mágicos:

ÁRIES: óleo essencial de sassafrás e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Marte.

TOURO: óleo essencial de tanchagem e de violeta, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Vênus.

GÊMEOS: óleo essencial de alcaçuz e de valeriana, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Mercúrio.

CÂNCER: óleo essencial de ulmária e de agripalma, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pela Lua.

LEÃO: óleo essencial de pilriteiro e de zimbro, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo Sol.

VIRGEM: óleo essencial de coentro e de funcho e mais todos os outros que são derivados das ervas regidas pelo planeta Mercúrio.

LIBRA: óleo essencial de curcuma e tomilho, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Vênus.

ESCORPIÃO: óleo essencial de ginseng e de sassafrás, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Marte.

SAGITÁRIO: óleo essencial de salgueiro-negro, de dente-de-leão e de sálvia, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Júpiter.

CAPRICÓRNIO: óleo essencial de confrei, de verbasco e de olmo, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pelo planeta Saturno.

AQUÁRIO: óleo essencial de lavanda, de pimpinela azul e de valeriana, e todos os outros que são derivados de ervas que são regidas pelo planeta Mercúrio.

PEIXES: óleo essencial de echinacea (também conhecida como rudbéquia) e de papoula, e mais todos os outros que são derivados de ervas regidas pela Lua.

Os óleos astrológicos podem ser usados para ungir bonecos e velas de feitiços; sagrações Wicca e Pagãs (ritos similares ao batismo); rituais de nascimento (também conhecidos como Dias do Retorno Solar) e nas fabricações de perfumes para os signos astrológicos, incensos a serem usados nos rituais.

Se você pretende utilizar um óleo astrológico para massagens no corpo ou para qualquer outro tipo de cura, a minha sugestão é para que você primeiro comprove a segurança do óleo essencial em questão.

MÉTODO DE MACERAÇÃO:


Encha um frasco de ervas e flores as quais quiser extrair o óleo. Podem ser frescas ou secas, embora seja melhor utilizá-las frescas. Cobrir todas as plantinhas do frasco com óleo de amêndoa ou oliva. Fechar hermeticamente o frasco. Deixar repousar durante três dias em um lugar escuro e seco. Agitar periodicamente. Depois de três dias se recolhe o óleo. Se volta e encher com ervas o frasco e se cobre com o óleo recolhido anteriormente. Esse processo deve ser repetido até que o óleo alcance a densidade e o aroma desejado. Ao término do processo, se filtra o óleo obtido em um frasco opaco e fecha bem hermeticamente para que não fuja a fragrância.


Fonte: Rosane Volpatto

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Oração de devoção à Grande Mãe - Pedro Guardião

Mãe eu te sinto e te levo comigo!
Tu és a primeira, a criadora, a vida, o tudo.
Não falhas nem nas dificuldades,
Pois são nelas que aprendo cada dia mais o meu verdadeiro conteúdo.

Teu véu é revelado nos mistérios
Àqueles que mergulham em tuas águas sagradas,
E na grande centelha divina eu me encontro,
A serviço daquela que em todos os tempos foi muito admirada.

No dia sou SOL, na noite sou LUA,
pois jamais deixo de brilhar.
Assim como o Céu e a Terra conversam entre si,
Hoje me completo com a devoção que presto a ti.

Guia-me no discernimento, na prosperidade e na justiça,
Construindo minha história na verdade do seu amor
E jamais deixarei o mal me sucumbir,
Pois sempre recorrerei na sinceridade ao teu clamor.

Basta acreditar em ti e já será o suficiente,
Para minha dádiva renascer e se renovar,
Pois na consciência ancestral que carrego de minhas outras vidas,
Sei que a ti poderei reencontrar.

- Pedro Guardião

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A Deusa Afrodite - Pedro Guardião

Há duas versões sobre o nascimento biológico desta Deusa. Na versão de Homero, Afrodite nasce de modo convencional, como sendo filha de Zeus e Dione, ninfa do mar. Já na versão de Hesíodo, ela nasce em conseqüência e um ato bárbaro. Cronos, cortou os órgãos de seu pai Urano e os atirou no mar. Uma espuma branca surgiu em torno deles e misturando-se ao mar, gerou Afrodite. Sendo assim, Afrodite é filha do Céu e do Mar, a Deusa Mãe original em muitas tradições, e o primeiro fruto da separação do céu e da terra. Como foi gerada no mar, é a filha do começo, é a figura que, igual a Deusa original, volta a unir as formas separadas de sua criação. Nesse sentido, Afrodite "nasce" quando as pessoas recordam, com alegria, o vínculo que une os seres humanos com os animais e com toda a natureza e ainda, quando percebem esse vínculo como uma realidade clara e sagrada. O mito sugere que isso aconteceu mediante o amor. A união se converteu em reunião, pois o amor que gera vida se faz eco do próprio mistério da vida.
O nome de Afrodite, surge da mesma forma que seu nascimento: "afrós" significa "espuma" em grego. Contudo, o útero do mar que a acolheu e alimentou o sêmen do céu não foi concebido como uma concha até que Botticelli a imortalizou com a dita imagem (kteís, a palavra grega que designa a concha, significava também os genitais femininos). Seu nome latino, Vênus, é a raiz da expressão "doença venérea". A sexta-feira (vendredi, em francês), dia da semana, era-lhe consagrada (Veneris dies).

Afrodite também era chamada "Dionéia" como sua mãe. "Anadómene", isto é, "saindo das águas". Possuía um cinto onde estavam encerradas as graças, os atrativos, o sorriso sedutor, o falar doce, o suspiro mais persuasivo, o silêncio expressivo e a eloqüência dos olhos. Conta-se que Hera o pediu emprestado a Afrodite para reanimar a paixão de Zeus e para vencê-lo na causa dos gregos contra os troianos.
Afrodite chegou à Grécia vinda do Chipre e, antes disso, desde Mesopotâmia. Era portanto, uma Deusa muito antiga, tão antiga como o tempo, entretanto, no Monte Olimpo era uma divindade de aparição recente, cujo papel havia sido reduzido, pois sua esfera de atuação era tão somente as paixões humanas. As divindades anteriores tem maior transcendência: tendem a ser deidades que realizam todo tipo de obra. Porém quando é esculpida e pintada com seus animais e pássaros, os golfinhos, o bode macho, o ganso, o cisne e a pomba, pode-se vislumbrar claramente sua antiga linhagem. Como Deusa do mar, se desliza por cima das ondas sobre o lombo dos delfins; como Deusa dos animais, faz com que o desejo os impulsione, atraindo-os entre si; como Deusa da terra em seu aspecto fértil, através da chuva reúne o céu e a terra, e faz com que as sementes da terra úmidas brotem raízes raízes e folhas.
Como Deusa do céu, viaja pelo ar em carruagens de cisnes e gansos, e se senta sobre um trono de cisnes.
Afrodite rege o céu, a terra, as ondas e a todas as criaturas vivas. "Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo." (Ovídio).

Igual a Inanna-Isthar, Afrodite encarnava a estrela mais brilhante do céu, a estrela da manhã e do entardecer que chamamos por seu nome romano, Vênus. O templo micênico chipriota do século XII a. C. consagrado a Afrodite estava decorado com uma estrela e com uma lua crescente e também com a pomba.
Afrodite é uma divindade da Lua Cheia, a qual sustenta e nutre a vida. Seus poderes são maduros, cheios de vida e poderosos, mas ela também protege ferrenhamente tudo aquilo que cria. Por simbolizar o amor e a fertilidade, seus símbolos são as vacas, cervos, cabras, ovelhas, pombas e abelhas.
A Deusa presidia ainda, os casamentos, os nascimentos, mas particularmente à galanteria.

Amores

Na mitologia tardia, Afrodite estava casada com Hefesto, o coxo, o deus que como o vulcão, produzia o fogo nas profundezas da terra. É filho de Hera que, como deus ferreiro, forjava os relâmpagos para Zeus. Conta-se que seu pai, Zeus, a entregou como esposa à Hefesto, para castigar o seu orgulho. A Deusa aceitou, pensando que o deus ferreiro seria fácil de contentar. São inumeráveis os episódios que a relacionam com relações amorosas infiéis. A relação adúltera de Afrodite com Ares, o deus da guerra, alternadamente valente e covarde, porém sempre indisciplinado, foi descoberta por Hefesto.
Com Ares, a Deusa teve três filhos: uma filha, Harmonia e dois filhos, Deimos (Terror) e Fóbos (Medo). A união entre estes dois deuses, o amor e a guerra, são duas paixões incontroláveis, as quais se em perfeito equilíbrio, poderiam estabelecer a harmonia.

Afrodite também uniu-se a Hermes e dessa união nasceu um deus Hermafrodito, que herdou a beleza de
ambos os pais, trouxe igualmente consigo seus nomes, e teve as características sexuais de ambos. Como um símbolo, este deus pode representar a bissexualidade ou a androginia. Com Dionísio procriou a Príapo, um feio menino de grandes genitais.
Eros (Cupido), deus do amor, foi o filho mais famoso de Afrodite. Armado com seu arco, desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos homens. Entretanto, mitos posteriores descrevem-no como filho ilegítimo de Afrodite. Com o tempo, passou a ter sua força diminuída e o que hoje conhecemos dele é a representação sob a forma de um bebê de fraldas com um arco e flechas, conhecido com o nome de Cupido. Sob o nome romano de Vênus, viu Anquines cuidando de seu gado em uma certa montanha, enamorou-se . Fingindo ser uma jovem muito linda, arrancou fervorosa paixão dele. Mais tarde, revelou sua real identidade e contou que concebera um filho, o piedoso Enéias, que foi o lendário fundador de Roma.
Os romanos consideravam Vênus sua mãe ancestral e a cidade de Veneza recebeu este nome em sua homenagem.

Mitos

Julgamento de Paris

Nada é mais célebre do que o julgamento de Paris e a vitória conquistada por Afrodite sobre Hera e Atena, apesar das suas rivais terem exigido dela que, antes de qualquer coisa, deveria tirar o seu temível cinto. A história se passou, mais ou menos assim:
Todos os Deuses Olímpicos, menos Éris, Deusa da Luta e da Discórdia, uma Deusa Menor, foram convidados para o casamento de Peleu, rei de Tessália, com a bela ninfa marítima Tétis. Mas Éris apareceu mesmo sem ser convidada e resolveu vingar-se pela desconsideração. Ela interrompeu as festividades atirando uma maçã de ouro onde estava gravado "para a mais bela" entre as convidadas reunidas.
A maçã rolou pelo chão e foi imediatamente reivindicada por Hera, Atena e Afrodite. Cada uma sentiu que a maçã era legítima e merecidamente sua. Elas não podiam, certamente, decidir entre si qual era a mais bonita, portanto apelaram pela decisão de Zeus. Ele recusou fazer a escolha, e as enviou ao pastor Páris, um mortal que sabia apreciar as mulheres bonitas; ele seria o juiz.
As três Deusas encontraram Páris vivendo a vida bucólica com uma ninfa dos montes nos declives do monte Ida. Sucessivamente, cada uma das três bonitas Deusas esforçaram-se para influenciar sua decisão com um suborno. Hera ofereceu-lhe poder sobre os reinos da Ásia se ele lhe concedesse a maçã. Atenas prometeu-lhe vitória em todas as batalhas. Afrodite ofereceu-lhe a mulher mais bonita do mundo. Sem hesitação Páris declarou Afrodite a mais bela, e ofereceu-lhe a maçã de ouro, incorrendo portanto no ódio eterno de Hera e Atenas. O Destino acabou selando o amor que já havia sido despertado entre Páris e Helena. Mas, ao optar pela beleza e o amor, não só rechaçou a maternidade, a castidade, mas também perdeu a proteção de Hera e Atena, que acabaram ajudando os gregos.

Adonis, Filho e Amante

Adonis nasceu de uma árvore de mirra, segundo conta uma lenda. Ele era filho de uma relação incestuosa de Mirra e seu pai, Ciniras, rei de Pafos. De acordo com uma versão dessa história, a própria Afrodite teria motivado essa paixão proibida pelos seguintes motivos: porque a mãe de Mirra teria negligenciado venerar Afrodite. De qualquer forma, ela se aproximou do pai disfarçada e no escuro, e se tornou sua amante secreta. Depois de diversos encontros clandestinos, ele descobriu que a tal mulher era a sua própria filha. Tomado de horror e de repugnância, induzido pela necessidade de puni-la, ele tentou matá-la. Grávida e desesperada e ainda,quando seu pai estava a ponto de alcançá-la, orou aos deuses para que a salvassem.
Por ordem divina, para protegê-la da ira do pai, pois ela foi transformada em uma árvore de mirra, de modo, que sua gravidez se converteu na gravidez da árvore. Dez meses depois, a árvore se abriu e Adonis nasceu. Ele é portanto, meio-humano e meio-divino. Tão belo era o bebê que Afrodite o ocultou em um baú e o deu a Perséfone para que o cuidasse. Porém, quando a Deusa o vê, decide ficar com ele, enquanto que Afrodite decide que o quer de volta. Afrodite apelou então para Zeus, que julgando as exigências, permite
que Adonis passe parte do ano com Perséfone e a outra parte com Afrodite.


Adonis cresceu e se transformou num lindo rapaz, amado e protegido por Afrodite. Porém um dia, contra seu conselho, foi caçar um javali selvagem e por circunstâncias do destino é morto pelo animal. Afrodite escuta seus gemidos e vai buscá-lo com sua carruagem puxada por aves, porém já o encontra sem vida e ensangüentado. O sangue era tão brilhante que a Deusa o transforma em uma flor, a anêmona, que cresce na primavera nas ladeiras das colinas.

Adonis, como deus da vegetação, do trigo e de todas as formas de vida visíveis, que crescem e morrem, deve morrer para que tudo viva, do mesmo modo que Osíris e Atis (há um javali que também o mata em certos relatos). O javali encarna o aspecto masculino da Grande Mãe. A Deusa sacrifica o amante para que possa renascer como filho e o filho-amante deve aceitar a morte, porque é a imagem do ser encarnado que, como a semente, regressa à fonte que o originou; enquanto a Deusa, aqui o princípio contínuo da vida, permanece para produzir novas formas a partir de seu inesgotável depósito.

Ira da Deusa

Embora seja considerada a Deusa do Amor, Afrodite não foi muito amável com seus adversários, sendo muito vingativa e impiedosa nas suas vinganças. Para punir o deus Sol (Apolo) da indiscrição de haver
advertido Hefesto do seu adultério com Ares, tornou-o infeliz em quase todos os amores. Perseguiu-o mesmo pelas armas, até os seus descendentes. Castigou da mesma maneira, a musa Clio, que havia censurado o seu amor por Adonis. Fedra foi outra vítima do poder de Afrodite. Era a madrasta de má sorte de Hipólito, jovem elegante que tinha se dedicado a Ártemis e a uma vida de celibato. Afrodite usou Fedra como instrumento de seu descontentamento com Hipólito, que se recusou honrar a Deusa do amor ou seus ritos. Afrodite motivou Fedra a apaixonar-se perdidamente por seu enteado.


No mito, Fedra tentou resistir à paixão, lutou contra seu desejo ilícito e ficou doente. Finalmente, uma criada descobriu a causa de sua miséria, e aproximou o jovem em favor dela. Ele ficou tão insultado e horrorizado diante da sugestão de ter um romance com sua madrasta que irrompeu num discurso longo e alto, que ela pode ouvi-lo. Humilhada, Fedra se enforcou, deixando uma nota suicida acusando falsamente Hipólito de tê-la estuprado. Quando seu pai Teseu retornou para encontrar sua esposa morta e a nota, chamou Poseidon, deus do mar, para matar o filho. Enquanto Hipólito dirigia sua carruagem pela praia, Poseidon enviou enormes ondas e um monstro marinho para amedrontar os cavalos. A carruagem tombou e Hipólito foi levado de rastos até a morte. Dessa forma Afrodite se vingou, às custas de Fedra.


Fonte: Rosane Volpatto

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Incenso para o retorno de energias negativas - Pedro Guardião

Tenho recebido muitos comentários e e-mails de pessoas precisando de ajuda espiritual, pois dizem ser vítimas de feitiços, inveja, olho gordo, espíritos ruins e etc. Bom, nem sempre isso é uma realidade, já que todos nós temos nossa própria linha espiritual, postura perante a vida e de certa forma, ela nos cobra por nossas atitudes. Muitas vezes a pessoa é o próprio feitiço e nem sabe, quer dizer, o indivíduo larga sua própria essência para cuidar da vida dos outros, cria obsessão em um amor que não dá certo e por aí vai.

Tudo isso pode passar despercebido e não há ritual ou magia que resolva, a não ser um trabalho de autoconhecimento para ajudar a reconhecer o que está adormecido. MASSS... quem lida com magia sabe o quanto somos visados por pessoas ao nosso redor e até mesmo no astral. Então coloco essa defumação para quebrar toda negatividade e até trabalhos mandados para pessoas ou residências. Nem sempre será fácil achar todos os ingredientes, mas são eles de receitas milenares para uma defumação efetivamente poderosa. Caso não ache de nenhum jeito, substitua por alguma erva ou resina que tenha propriedades próximas e parecidas (veja a matéria das propriedades das ervas aqui).


Materiais:

125g de Incenso puro.
100g de Mirra.
62g de Benjoim.
30g de Estoraque.
15g de Hissopo.
40g de Gálbano.

Misture tudo e reduza a pó. Jogue punhados em números ímpares sobre carvão em brasa e faça a seguinte oração:

"Espíritos das quatro direções escutem o meu chamado
e não te afastes de mim.
Busca para mim um refúgio
na tormenta e no torvelinho.
Dissipa as más línguas, as calúnias e as brigas.
Afastas a discórdia que dia e noite
poderão me rondar.
Espíritos guardiões, levem o que foi mandado
e torne o meu lar sagrado.
A armadura agora visto
e a espada imediatamente empunho.
Corto aquilo que a mim não pertence
e não receberei negatividade alheia novamente.
Assim seja, assim se faça (3x)".


Passe por toda casa, cômodos, cantos e armários, de dentro para fora.
Ao final, deixe o restante queimando próximo ao seu altar.

- Pedro Guardião

domingo, 26 de janeiro de 2014

Orações Wicca - Pedro Guardião

Aqui coloco um apanhado das orações da Wicca, pelo menos as mais populares entre os adeptos e praticantes. Pouco se ouve falar das orações, pois muitos estão interessados em ir diretamente aos rituais e magias. No cotidiano de um bruxo elas estão inseridas, mesmo que criadas espontaneamente com as próprias palavras e rimas, como formas devocionais. Recitá-las diante de seu altar, num momento de necessidade e até mesmo no seu próprio ritual, cria uma atmosfera de contato e estabilidade com os Deuses em que estamos acessando.

Oração a Grande Mãe (Tradicional):

A sua Arte, Senhora, veio à luz.
Quem poderá escapar de seu poder?
Sua forma é um eterno mistério;
Sua presença paira
Sobre as terras quentes.
Os mares te obedecem,
As tempestades de acalmam.
A sua vontade detém o dilúvio.
E Eu, tua pequena criatura, 
Faço a saudação:
Minha Grande Rainha,
Minha Grande Mãe!
Nós estamos aqui hoje,
Pela força do Céus,
Luz do Sol,
Brilho da Lua,
Resplendor do Fogo,
Presteza do Vento,
Profundidade do Mar,
Estabilidade da Terra e
Firmeza da Rocha.
Assim seja, assim se faça!

Culto à Grande Mãe:

Senhora de minha vida: Guia-me com sabedoria,
Faça com que eu compreenda o que não tem explicação,
Conforta-me em teus seios quando preciso for,
Daí-me luz para clarear a mente dos que não entendem,
Encha-me de coragem para enfrentar o preconceito de cabeça erguida Purifique-me para que eu possa louvar-te como mereces,
Ajuda-me a ver com teus olhos de justiça para que eu nunca acuse em vão,
E peço-te que me mostre o caminho da tua verdade para que eu não me perca nunca de ti!
Assim seja, assim se faça!

Oração de Proteção:

Bondosa Deusa,
Que és Virgem, Mãe e Anciã,
Bendito seja o teu nome,
Ajuda-me a viver em paz,
Sobre a terra que é tua,
E dá-me a proteção do teu abraço.
Guia-me ao longo do caminho que escolhi,
E revela-me o teu grande amor eterno,
Enquanto tento olhar com bondade,
Aqueles que não entendem a tua essência,
E leva-me em segurança,
Ao teu caldeirão do Renascimento,
Pois é o teu espírito que vive em mim e me protege,
Para todo o sempre.
Assim seja!

Oração às forças Cósmicas:

Eu me uno às Forças Cósmicas no Grande e Eterno Ciclo,
Que tudo pode e que tudo é.
EU sou tudo.
Grandes Forças Cósmicas,
Descei sobre a minha alma e tornai-me poderoso.
Eu vos agradeço,
Minhas Grandes Forças Cósmicas,
E vos entrego meu amor e minha força.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A questão do Autoconhecimento – Pedro Guardião

A busca do autoconhecer é uma virtude de poucos, um navegar por águas imprevisíveis e profundas, hora calmas, hora turbulentas. Essa procura está intimamente ligada a vários outros aspectos como o respeito, a responsabilidade, a integridade e o equilíbrio. Somos feitos de luz e sombra, de bondade e malevolência, tão equivalentes quanto a certeza que estamos vivos e guiados por algo maior. Nem sempre somos os mesmos e mantemos isso aos olhos das pessoas ao redor. Quando estudamos magia, enfrentamos este processo, às vezes doloroso, mas necessário. Ficamos cientes de nossos defeitos e também despertamos demônios adormecidos no fundo de nossas almas para resgatar e melhorar aspectos que aparecerão em algum momento. Essa importante transição liberta-nos da ignorância e nos dá o que chamamos de consciência de nossas ações. É como entrar numa caverna escura e não saber o que vamos encontrar, mas em dado momento perdemos o medo e um facho de luz reaparece. E quanto mais longe se vai, mais luz encontramos.

Uma porta se abre para respostas, principalmente aquela em que muitas pessoas teimam em não responder com convicção: "Quem você é?". Nessa hora paramos de culpar o mundo pelas perdas, pelas dificuldades, pelos traumas, pelos sonhos não realizados, pois sabemos o tamanho de nossa culpa por não seguir em frente e pelos bloqueios que na maioria das vezes, nós mesmos criamos. Não se limite, conheça a ti mesmo.

Esse é o parâmetro que muitos bruxos avaliam se algo está bem ou não, pois quando conhecemos a nós mesmos, curamos a doença, fertilizamos a terra, florescemos jardins, realizamos desejos e chegamos perto da felicidade plena. Parece impossível, mas só depende de uma pessoa, VOCÊ!

Eleve seu coração e seu espírito, tenha coragem, persista e não desista. Só assim você estará pronto para vivenciar um caminho de devoção, realização e de certeza, onde os Deuses serão seu barco, seu remo, sua vela, para chegar onde você e eles quiserem.

- Pedro Guardião