Há anos este livro é publicado,
mas nenhuma edição foi realmente fiel a estrutura cerimonial de suas operações.
Eis um dia, estava eu despretensiosamente numa livraria e me deparei com uma
nova edição, da então desconhecida Editora Chave, que me chamou a atenção. Um
livro de tamanho considerável, capa dura e um sumário digno. Dentro, descobri
que a publicação teve o apoio do site Megaleitores (www.megaleitores.com.br), uma
plataforma que investe em livros não aceitos pelas grandes editoras do País. E
posso afirmar que foi a melhor publicação comparando-o com outros títulos
similares de editoras renomadas.
A Clavícula de Salomão é uma clássica
obra de magia cerimonial do século XVI, estima-se. Apesar do nome, não foi Rei
Salomão – figura bíblica – que o escreveu, apenas atribui-se ao seu nome pelo fato
de considerar que seus conhecimentos seriam capazes de conjurar espíritos
elementais, anjos e demônios, o que a obra aborda. Editado e compilado por
Samuel Lidell Mathers, é dividida em duas partes: A primeira traz
encantamentos, conjurações, tabelas com correspondências entre planetas e seus
dias e horas, anjos, arcanjos, metais e cores, e instruções para se construir o
círculo mágico. Além, é claro, dos pantáculos e a base para suas operações. –
Aqui, coloco uma observação. Em todo o momento o livro usa a palavra “pentáculo”
ao invés de “pantáculo”, o termo correto para as figuras nele impressas. Este,
sem dúvida, é um deslize intrigante. – A segunda parte traz especificações e
instruções minuciosas para a confecção dos instrumentos utilizados nos rituais,
incluindo as vestes, os materiais, ervas, incensos, conjurações e exorcismos
apropriados para cada item. Há ainda detalhes sobre as extensas preparações que
o ocultista deve fazer antes de cada operação mágica, como jejum, preces e
banhos rituais.
Sendo realista, todo o conteúdo é
fortemente judaico-cristão, baseado nos conhecimentos cabalísticos e herméticos
antigos. Várias pessoas vão achá-lo extravagante, pois hoje, muitas das coisas
são quase (disse quase) impossíveis de serem realizadas ao pé da letra e vão
contra a liturgia wiccaniana. Mas seu conhecimento pode ser facilmente aplicado
em operações modernas – talvez contemporâneas – desde que se siga alguns
preceitos inquebráveis. Basta sabedoria e realmente conhecer com que está
lidando. Ainda hoje, ordens como a Golden Dawn (Aurora Dourada) e tradições de
bruxaria tradicional bebem desta fonte enriquecedora e poderosa.
Não se assuste ou crie um
pré-conceito do livro somente por abordar operações com anjos e demônios, caso
você siga a Wicca. Muitos são uma coisa só e somente lidando com eles para
realmente conhecê-los. E lembre-se, você é capaz de absorver o melhor dele para
realizar o que quiser, ou puder.
Pedro Guardião
3 comentários:
Olá Pedro! Gostei muito do seu texto e quero saber se você já fez alguma prática nos moldes deste tipo de magia, mas seguindo a filosofia Wicca. E se o fez, qual foi sua experiência? Beijos de luz! BB
Olá, Amanda! Obrigado pela visita. Já estudo e pratico a Alta Magia há um tempo, mas poucas coisas insiro nos ritos da Wicca. A liturgia da religião, por si só, já nos oferece uma boa bagagem para com o que ela trabalha. O que costumo fazer é, quando vou realizar algo mais elaborado, procuro adaptar operações que possam ter um acréscimo de poder e assim, ter um resultado muito mais rápido. Tirando isso, sei o momento para se fazer cada coisa! E essa diferenciação também é necessária para não virar algo sem sentido. Beijos!
Oie, tudo bem? *-*, na semana passada, comprei um livro chamado Wicca: Feitiços & Rituais para todos os Fins (versão ebook kindle) do autor J.B Oliveira, e fiz umas magias que fiz lá.... Meus Deus, eu ameei >-<!! em pouco tempo, minha vida mudou radicalmente.... meu namorado voltou pra mim, minha condição financeira melhorou bastante, to amaaaaandooo S2S2S2S2. to aqui pra recomendar as minhas amigas daqui do blog pra comprar e ler, valeu a pena!! Beijooooossss
Scheilla Amaral!
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