Esta é a volta das resenhas dos livros de Wicca, Magia e Religião
que eu li nos últimos tempos e que considero importantes para o meio pagão.
Nada melhor do que recomeçar com Hécate.
O livro publicado pela Madras Editora e escrito pelos fundadores da TCS (Tradição Caminhos das Sombras) Dylan Siegel e Naelyan Wyvern aborda pela primeira vez um conteúdo exclusivo à titânide da magia tão celebrada entre os bruxos do mundo.
O livro publicado pela Madras Editora e escrito pelos fundadores da TCS (Tradição Caminhos das Sombras) Dylan Siegel e Naelyan Wyvern aborda pela primeira vez um conteúdo exclusivo à titânide da magia tão celebrada entre os bruxos do mundo.
A obra traz uma visão nova do culto de Hécate na bruxaria e
sua adaptação para a liturgia wiccana, o que a torna a figura central dos
mistérios vivenciados na religião. Eu cheguei a ouvir várias opiniões, algumas
certamente polêmicas, mas até o momento ninguém o julgou como um livro ruim.
Particularmente eu achei muito interessante pela iniciativa dos autores em
divulgar um assunto ainda restrito na literatura pagã nacional e por explorar tão
bem os domínios da deusa. Os que não tinham acesso aos livros em inglês, pouco
podiam se basear em pesquisas na internet que, na maioria das vezes, eram muito
vagas.
Dylan e Naelyan proporcionam um conteúdo prático forte e
permeiam entre históricos, símbolos e a própria experiência do que escrevem. Eu
considero que o livro poderia ter um pouco mais do conteúdo mitológico grego,
mas não interfere na proposta que é conhecer a deusa em seu íntimo. Também vai
de cada um conhecer um pouco mais do que foi/é Hécate em seus hinos e epítetos,
facilmente encontrados na web.
O que mais me chamou a atenção foi o desmistificar de como a
deusa era vista somente pelo seu lado sombrio e negro, e que agora podemos ver Hécate
também de diferentes maneiras, muito além dessas configurações. Quem diria que
poderíamos honrar Hécate em todos os sabás? Pois bem, o livro mostra que isto é
muito possível. Basta determinação e fazer uma escolha. Vem mostrar que se
podemos com Hécate, podemos com todas as deusas. Óbvio, com amplo conhecimento
e vivência como os sacerdotes da tradição tiveram.
Abordam sobre suas oferendas, instrumentos e invocações próprias
do culto na forma dos esbás, proporcionando mais uma vez uma roda completa,
entre meditações e experiências no plano físico e astral. Vale muito a pena adquirir
e ler esta obra, que com certeza ficará como referência por muitos anos nas
prateleiras dos neopagãos.
No Início de Tudo, Hécate Fala:
“Quando o Universo atravessou os umbrais da existência
Em um fogo cósmico brilhante como um raio
Eu, Hécate, testemunhei o primeiro nascimento
Eu, Hécate, observava de soslaio
Enquanto a escuridão se tornava formamento
Enquanto “O Nada” paria “O Tudo”, que ainda haveria de ser
Eu existi entre os dois, caótica, poderosa, potente
Sol e Lua, Terra e céus, Hades e o Olimpo ainda a nascer
Existo no entremundos, no crepúsculo, e no Sol poente
Sou o sopro que deixa seus pulmões vazios
Sou o grito desesperado do recém-nascido
Moro na juras de amor sussuradas ao ouvido
E nas lágrimas da verdade, ricas em sal
Pois sou a zona cinzenta entre o bem e mal
Ah... mas o que se criou há de se destruir
Tudo é cinza, e reino absoluta. Não há mal ou bem
Meu é o reino que não tem Rainha ou Rei
Meu é tudo o que não pertence a ninguém
Como portadora da chave, eu permaneci e permanecerei
E quando o Universo deixar de existir, aqui estarei.”
Em um fogo cósmico brilhante como um raio
Eu, Hécate, testemunhei o primeiro nascimento
Eu, Hécate, observava de soslaio
Enquanto a escuridão se tornava formamento
Enquanto “O Nada” paria “O Tudo”, que ainda haveria de ser
Eu existi entre os dois, caótica, poderosa, potente
Sol e Lua, Terra e céus, Hades e o Olimpo ainda a nascer
Existo no entremundos, no crepúsculo, e no Sol poente
Sou o sopro que deixa seus pulmões vazios
Sou o grito desesperado do recém-nascido
Moro na juras de amor sussuradas ao ouvido
E nas lágrimas da verdade, ricas em sal
Pois sou a zona cinzenta entre o bem e mal
Ah... mas o que se criou há de se destruir
Tudo é cinza, e reino absoluta. Não há mal ou bem
Meu é o reino que não tem Rainha ou Rei
Meu é tudo o que não pertence a ninguém
Como portadora da chave, eu permaneci e permanecerei
E quando o Universo deixar de existir, aqui estarei.”
- Retirado da página 15 do livro A Magia de Hécate – Uma Roda
do Ano com a Rainha das Bruxas.
Pedro Guardião
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