O autor elabora um ensaio original, consistente e coerente sobre uma temática muito presente na nossa jornada existencial, o amor. Justamente por ser um elemento tão debatido e analisado, ele adquiriu certa conotação vulgar, muito próxima do mero relacionamento sexual. Aqui o tema ganha um espectro bem mais amplo, pois Allan Hunter, conselheiro terapêutico e professor de literatura no Curry College, em Massachusets, constrói uma tese sobre a trajetória evolutiva deste sentimento.
Ele acredita que o Homem tem um objetivo prioritário em sua existência planetária, o de realizar um profundo aprendizado sobre o amor, e este sentimento, assim como o ser humano, passa por vários estágios em sua evolução. Para que o leitor melhor compreenda esse processo, o ensaísta compara este campo emocional à simbologia do tarô e dos contos de fadas.
Neste lançamento, Hunter nos estimula a questionar este sentimento, como é possível encontrar o amor verdadeiro, de que forma preservá-lo e a compreender o porquê de ser algo tão complexo. O próprio autor transcende a questão amorosa perguntando: “Como eu sou no amor? Como posso ter mais amor na minha vida?”
Em momento algum Hunter oferece ao leitor soluções fabricadas; ele o conduz nas investigações e na busca de um maior conhecimento sobre o assunto, explicitando que uma vivência amorosa plena somente será conquistada após atravessar pelo menos seis etapas, representadas por arquétipos. Quando estes estágios forem realmente aceitos e vividos ao longo da existência, cada um deles no seu devido momento, conforme o desenvolvimento espiritual de cada ser, aí sim esta plenitude será definitivamente conquistada.
O Dr. Hunter recorre, em sua obra, a seis arquétipos do amor, valendo-se das cartas do tarô: o Inocente, o Órfão, o Peregrino, o Guerreiro-Amante, o Monarca e o Mago. Por meio deles o autor cria uma analogia com imagens de personagens e celebridades, tais como o mítico casal da realeza britânica, Charles e Diana; os personagens principais do seriado televisivo Desperate Housewives, protagonistas de contos de fada e heróis mitológicos.
Desta forma o leitor se depara com uma direção, uma vereda transformadora e caminhos para a modificação de seu comportamento; rumos que o ajudarão a atravessar cada etapa até atingir o cume de sua travessia pela vida. No prefácio de sua obra o autor afirma que “uma semente, uma muda e uma árvore de carvalho plenamente desenvolvida são essencialmente a mesma criatura, mas inteiramente diferentes em seus níveis de desenvolvimento e o amor não é diferente disso, e deve ser tratado de acordo com essa ideia”.
Dr. Allan Hunter é especialista em aconselhamento terapêutico e emérito professor de literatura da Curry College, em Massachusetts. Ele criou diversas publicações que se valem da prática literária como meio para o autoconhecimento.
Editora Pensamento: http://www.pensamento-cultrix.com.br
Dica de leitura:
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